DRAGÕES DO NORTE - ARAUTHATOR, "A VELHA MORTE BRANCA"

 




Dragões do Norte

 

Wyrms of the North, (que traduziremos como Dragões do Norte) foi uma coluna de Ed Greenwood, designer de jogos e criador de Forgotten Realms, publicada na revista Dragon. A série estreou em junho de 1996 (Dragon #230) e terminou em maio de 1999 (Dragon #259).  Mais tarde, no começo dos anos 2000, foi republicada gratuitamente no site da Wizards of the Coast.

Apesar do título da série, os artigos cobriam dragões famosos do oeste de Faerûn, ao longo da Costa da Espada, do Vale do Vento Gélido a Calimshan. Eles ofereceram uma visão detalhada da tradição, ações, habilidades, magia e outros tópicos de cada dragão.

Esperemos que gostem da tradução destes artigos, onde traremos também uma adaptação livre da ficha de cada dragão que estiver nesses artigos. Cabe também dizer que “Volo” “escreveu” esses cordéis ali pelos anos de 1358-1375 do calendário do Cômputo dos Vales. Muito útil se você estiver jogando na linha temporal do cenário do AD&D e da 3.X edição do jogo, mas também útil para você escolher se este dragão ainda está vivo (e com qual idade) na linha de tempo atual, se for esta a sua escolha.






 

Dragões do Norte - Arauthator, "A Velha Morte Branca"

(Coluna publicada em 21.01.2001 na página da Wizards of the Coast, por Ed Greenwood)

 


Através dos esforços do intrépido explorador Volothamp Geddarm (mais conhecido em Faerûn, talvez, como "aquele Volo cuspidor de serpentes!"), uma pesquisa incompleta, mas útil, dos governantes dragões atualmente ativos na região da Costa da Espada Norte foi compilada , impressa e energicamente vendida em forma de cordel nas ruas de Águas Profundas, Nevenunca e Lua Argêntea. Uma cópia caiu nas mãos de Elminster do Vale das Sombras, e depois de muito bufar e balançar a cabeça sobre ela, ele foi persuadido a traduzi-la para nosso idioma (Nota do Tradutor: No original era into english) (corrigindo sua gramática execrável ao longo do caminho), acrescentando algumas informações específicas do jogo de D&D e removendo certas informações oficiais ("para dar ao dracônio uma chance de lutar", o Velho Mago foi ouvido dizer) para chegar às palavras que você lerá a seguir. Aventureiros tomem nota: o trabalho de Volo não listou todos os dragões ativos do Norte, ele lista apenas aqueles que ascenderam e conseguiram manter um território conhecido e respeitado por outros dragões. Dracoliches e anciões mortos, por mais famosos que fossem, foram omitidos. Caso contrário, Volo estaria realmente velho antes que seu cordel, do tamanho de uma carroça, fosse impresso - e qualquer edição da Dragon Magazine reimprimindo uma parte respeitável dele encheria uma estante de livros por si só!

 

 






Arauthator, "A Velha Morte Branca"


 

Alfabeticamente, o primeiro grande dragão do Norte na atualidade é Arauthator, "as garras gélidas que esperam no congelante fim do mundo". Esse velho dragão branco é famoso por seu grande tamanho e selvageria. Por quase um século, ele defendeu seu domínio contra muitos dragões ambiciosos, matando mais de vinte de seus próprios descendentes no processo. A "Velha Morte Branca", como os mineiros e silvicultores do Norte o conhecem, é claramente mais inteligente do que a maioria dos dragões brancos. Ele usa armadilhas e feitiços para atrapalhar os inimigos na batalha e atacar os dragões intrusos de uma posição superior, em vez de empregar o comportamento mais prevalente de outros membros de sua espécie de  "correr para a vingança a qualquer custo". Arauthator é maior do que a maioria dos dragões brancos, mas adepto de um deslizamento silencioso e de movimentos furtivos. Ele é conhecido por causar quedas de rochas e até mesmo por rasgar e soltar pedregulhos - não apenas nas cabeças de orcs ou humanos intrusos, mas também por criar barreiras para selar rothés e outras grandes feras alpinas dentro dos vales das montanhas para que ele possa jantá-los à vontade.

 

A Velha Morte Branca patrulha seus domínios incansavelmente, vigiando cuidadosamente até mesmo as menores mudanças. Ele ajusta seus próprios hábitos para evitar tanto as armadilhas dos inimigos quanto a superalimentação descuidada que pode levar ao desaparecimento de uma espécie que ele gosta de comer. No processo, ele esmagou pelo menos uma comunidade de gigantes do gelo (Bulindiful, uma fortaleza no estilo caverna-catacumba situada no coração do Monte Halaragh, a oeste das minas de Mirabar na cordilheira da Espinha do Mundo), e ele despedaçou um pico de montanha (Espada de Sardin, antes um ponto de vigilância sobre o Surbrin superior) para destruir o forte bugurso dentro dele.

 

Arauthator é muito mais astuto e paciente do que a maioria dos dragões brancos. "A centelha da vingança ainda acende o fogo que aquece seu coração para levá-lo através dos séculos", escreveu o sábio Amorthas de Ruathym, "mas ele a deixa arder sob abafadores feitos de paciência e cálculo frio, onde outros asas brancas (dragões brancos) saltariam para o ataque." Ninguém sabe por que Arauthator é assim, mas é claro que o velho dragão usa essa paciência para antecipar e se preparar para ataques de dragões rivais, hordas de orcs em ascensão e os remorhaz que vagam pelo Mar do Gelo Eterno. Ele também espera seu tempo para desenvolver novos feitiços de alarme que o alertem sobre a aproximação de dragões e itens mágicos.

 

Arauthator é um imitador habilidoso e pode falar a língua Comum o suficiente para se passar por um mineiro perdido ou um garimpeiro ferido. Ele tem uma longa prática em se esconder sob a neve batendo as asas tanto quando se enterra em montes de neve quanto para levanta-los, e a neve então cai sobre ele novamente como um cobertor imaculado. Arauthator muitas vezes cochila quando dorme na neve, mas ele nunca dorme com a aproximação do perigo (ele pode sentir o cheiro da maioria das feras, incluindo humanos, por dois quilômetros ou mais a favor do vento). Ele dominou a paciência necessária para permanecer parado por dias a fio, empoleirado na encosta de uma montanha ou deitado na neve de um vale côncavo. Presas e inimigos muitas vezes não o notam até ser tarde demais.

 

A Velha Morte Branca mantém sua própria sobrevivência como seu objetivo mais alto, mas ele é muito menos preguiçoso do que a maioria dos dragões em sua busca. Ele considera a manutenção de seu domínio crucial para sua própria força, embora tenha escolhido não atacar as criaturas do Vale do Vento Gélido. Essa abstinência pode nascer do hábito; a região era anteriormente parte do território do dragão conhecido pelos humanos como “Morte Gélida” (Nota do Tradutor: Este dragão aparece no primeiro livro da Trilogia do Vale do Vento Gélido, de R.A. Salvatore.), e os dois dragões chegaram a uma trégua desconfortável, ignorando um ao outro e deixando os territórios um do outro sozinhos, em vez de se destruir em uma batalha pelo domínio da Geleira Reghed. Em vez disso, Arauthator se concentra em cavar túneis cada vez mais profundos no Mar de Gelo Eterno e na rocha abaixo, devorando todas as criaturas subterrâneas que encontra (principalmente gnomos), para desenterrar seu próprio tesouro de gemas minerais e proteger seu reino contra ataques vindos de baixo, exterminando todos os possíveis atacantes. Essas incursões parecem atrair remorhazes das vastas áreas glaciais que ficam ao norte da Espinha do Mundo, e Arauthator trava uma batalha contínua contra “os vermes do gelo”, devorando todos os remorhazes que ele derrota. Gigantes e gnomos do norte referem-se a essas escavações como as Cavernas do Dragão e relatam que elas consistem em pelo menos seis complexos de túneis separados espalhados por uma ampla área ao norte do covil do dragão. Vários observadores também mencionaram que o dragão tem prazer em matar remorhazes, muitas vezes arremessando os monstros ao redor como bonecas de pano antes de matá-los, ou dobrando suas asas e se contorcendo no gelo para encontrá-los e combatê-los verme a verme.

 






 

O Lar de Arauthator

 

Arauthator se esconde em Presolitária, uma montanha em forma de proa que se ergue do Mar de Gelo Eterno várias centenas de quilômetros ao norte do Salão de Mitral (Nota do Tradutor: segundo a aventura Rise of Tiamat, A Velha Morte Branca tem Presolitária como seu principal covil, mas tem uma série de refúgios menores, como Oyaviggaton, a Ilha da Eternidade, descrito na aventura). Aventureiros intrépidos relatam que ela pode ser vista no horizonte por aqueles que alcançam as faces setentrionais geladas e arranhadas pelo vento das montanhas da Espinha do Mundo. Embora se acredite que a casa de Arauthator tenha uma entrada subterrânea através de fendas glaciais muitas milhas a noroeste (perto da fileira de pináculos rochosos conhecidos como Dentes do Dragão do Mundo), a própria montanha tem apenas uma entrada visível: um vasto poço que corta o encosta norte de cima e desce até uma caverna cheia de um lago congelado. Aqui Arauthator lança a maioria de seus feitiços em intrusos que procuram alcançar a rede de cavernas na extremidade do lago, onde ele mora.

 

O covil propriamente dito é conhecido por incluir um poço de ossos; uma caverna repleta de pedaços de minérios metálicos; uma desordenada caverna central de alimentação e trabalho que abriga alguns itens mágicos capturados; e uma antiga estrutura de ferro que a Velha Morte Branca usa como prisão para humanos e criaturas menores que ele pretende devorar mais tarde. De acordo com um prisioneiro fugitivo, sua jaula, um curioso recinto cilíndrico dividido em várias câmaras internas, se parece muito com algumas das naves gnômicas construídas para navegar pelos céus de esfera em esfera de cristal.

 

Um túnel ascendente e cheio de armadilhas leva a uma série descendente de cavernas de armazenamento com paredes de gelo, cada uma abrindo para a próxima em uma cachoeira congelada de pedras preciosas que Arauthator ocasionalmente rola, ronronando em felicidade felina. Deitado em seu costumeiro leito de diamantes na última e mais baixa caverna, o dragão pode olhar através de todas as cavernas. Ele costuma chegar a essa cama deslizando pelo rio de pedras preciosas, rindo de contentamento. Um poço vertical grande o suficiente para permitir o vôo adequado permite que o velho dragão suba rapidamente do fundo desta caverna para uma saliência pendendo sobre o túnel de aproximação forrado de armadilhas. Para subir o poço de entrada e sair, Arauthator costuma voar da borda e deslizar pelo túnel e sair sobre o lago congelado antes de bater suas asas em uma disparada poderosa. Nenhum servo serve Arauthator em seu covil.

 

 







O Domínio de Arauthator

 

De Presolitária, Arauthator domina uma área que se estende desde A Correnteza Fria no oeste (embora ele não se alimente dos habitantes do Vale do Vento Gélido, ele já matou várias vezes dragões que tentaram invadir ou se estabelecer lá) até o Monte Caumarath no leste (um enorme pico no extremo norte das Montanhas de Gelo, a noroeste da Cidadela Adbar). A fronteira norte do domínio deste dragão é desconhecida até mesmo para os mais eruditos, mas a extensão sul do domínio de Arauthator é marcada pela extensão da Espinha do Mundo tão distante quanto a Passagem Caída, onde a fronteira oscila para sul e leste em um grande arco que abrange toda a terra ao norte do Salão de Mitral e a Cidadela das Muitas Flechas. Todas as criaturas nesta vasta e rochosa terra selvagem (as cabeceiras do Rio Surbrin) existem para o prazer de Arauthator, a menos que permaneçam na Floresta da Lua ou na Floresta Fria, pois o dragão branco nunca caça suas presas ocultas pelas árvores. Com a ascensão da civilização centrada em Lua Argêntea, a supremacia do governo de Arauthator sobre esta área mais ao sul poderá em breve ser contestada.

 

 






Os Feitos de Arauthator

 

A presa favorita da Velha Morte Branca são gigantes de gelo adultos (raramente disponíveis hoje em dia), seguidos de perto por remorhazes e veados do norte. Rothé e várias espécies de ursos são os próximos no menu, e outros dragões também são favoritos. Arauthator gosta menos da carne de orcs, bugbears e outros goblinoidess, mas essas criaturas compõem grande parte de sua dieta básica; sem a presença do dragão, a frequência e o número de hordas de orcs varrendo o Norte da Costa da Espada sem dúvida seriam muito maiores.

 

Arauthator é conhecido por usar um efeito mágico de derretimento de gelo tanto em suas escavações glaciais quanto para transformar lagos congelados em poços temporários de água. Ele tem o cuidado de nunca se alimentar ou hidratar em um padrão que os inimigos possam observar e explorar. O dragão geralmente faz uma longa patrulha em uma parte de seu domínio todos os dias, além de uma incursão mais curta e semelhante. Ele geralmente se alimenta pelo menos uma vez por dia, ao avistar presas adequadas durante a patrulha mais longa. Ele pode dormir no topo de um pico rochoso se estiver cansado quando estiver longe (ele fez isso uma vez, corajosamente, no topo da Colina de Berun, no território do dragão verde Claugiyliamatar), mas ele prefere dormir em sua cama de gemas preciosas em De Presolitária. Em raras ocasiões, ele fica em seu covil por três dias ou mais, aperfeiçoando um novo feitiço.

 

Arauthator emprega uma ampla gama de feitiços de detecção e armadilhas (a maioria destas sendo baseadas em frio) e usa de habilidades mágicas eficazes contra outros dragões (como Congelar as Asas). Ele adora desfrutar de batalhas aéreas usando suas garras afiadas para rasgar seus inimigos e prefere estes combates a se esconder nos picos das montanhas e usar de habilidades de longa distância. Arauthator é famoso por ter destruído o venerável dragão vermelho Rathalylaug bem acima dos telhados de Neverwinter no Ano do Grimório (1324 CV), em uma batalha espetacular ao pôr do sol. O dragão branco mergulhou para destruir em triunfo a torre da feiticeira Shareera, que foi esmagada entre as pedras derrubadas, enquanto uma chuva de fogo e sangue caia sobre a cidade num último ato desesperado e inútil do moribundo Rathalylaug. Os magos também se lembram de Arauthator por congelar o mago Phaurothlin da Irmandade Arcana, e depois estilhaça-lo, indefeso, contra a encosta de uma montanha. Parece que o mago arrogante cometeu o erro de desafiar o dragão branco pela posse de um grimório mágico desenterrado do túmulo coberto de gelo de um mago Netherese durante a mineração ao norte de Mirabar.

 

Arauthator tem uma dúzia ou mais de grimórios escondidos em seu covil e também trabalha pacientemente para aprender a usar todas as magias contidas neles. Ele obviamente transcendeu as limitações tradicionais de manipulação de magias dos dragões brancos - mas seus limites pessoais ainda são desconhecidos. A Velha Morte Branca também impressionou os magos assistindo à Feira Mágica realizada na orla ocidental de Var, o Dourado, há várias décadas, pela facilidade com que ele atirou o ancião azul Eltagrathuuloor nas encostas do Monte Gundar (onde fica a nascente do Rio Gundar). O golpe foi poderoso o suficiente para causar um deslizamento de pedras que derrubou a maior parte do topo daquele pico sobre seu rival, enterrando Eltagrathuuloor vivo.

 

Arauthator considera a dragonesa branca Arveiaturace uma companheira aceitável quando se sente inclinado “a ter companhia”. Ele se utiliza de uma magia que a convida para seu covil para terem um flerte, e oferece a ela gemas de seu tesouro após cada encontro, mas “convidando-a a se retirar” de forma firme e segura para fora de seus domínios, de forma a não ter que lidar com quaisquer responsabilidades caso o encontro acabe gerando ovos que possam ser chocados. No passado, ele teve um caso com a gigantesca dragonesa branca Ghaulantatra, a "Velha Mãe Dragão" adorada por algumas tribos orcs como uma deusa. Arauthator não demonstrou nenhum remorso quando o observador Thaluul destruiu Ghaulantatra e reivindicou seu covil (em algum lugar nas montanhas ao norte de Passagem Alta, entre o Delimbiyr e as Terras Arruinadas).

 

O amor de Arauthator por uma boa luta o fez respeitado - e evitado - por outros dragões. Apenas jovens ambiciosos e superconfiantes procuram derrotá-lo, encontrando em vez disso suas próprias mortes. Arauthator não faz alianças e ignora as propostas de outros dragões. Seu desejo mais ardente é encontrar tesouros através de seu próprio esforço para aumentar suas riquezas e desenvolver suas próprias magias.  Ele não pode ser atraído para fora de seu domínio por promessas de pedras preciosas ou magia. A perspectiva de uma boa luta com outro dragão sempre o interessa, mas ele é sábio demais para deixar as terras que conhece tão bem apenas para lutar, já que inimigos verdadeiros sempre vêm até ele eventualmente. Ele é muito paciente e calculista para ser governado por ódios, e até parece admirar inimigos capazes ou astutos. A Velha Morte Branca já saudou bandos de aventureiros que ele poderia facilmente ter matado, após testemunhar um ardil inteligente ou um estratagema ousado da parte deles.

 

Arauthator parece especialmente ocupado nos dias de hoje desenvolvendo novas magias e procurando túmulos de magos dentro de seu domínio para aumentar seu poder mágico pessoal. Ele também parece desconfiado de intrusões em seu território. Elminster é da opinião de que o velho dragão pode ter testemunhado a abertura de um portão para outro plano e ficou horrorizado com a percepção de quão facilmente inimigos com habilidades mágicas poderosas podem penetrar em seu covil antes que ele perceba.

 







 

O Possível Destino de Arauthator

 

É provável que a Velha Morte Branca sofra uma morte violenta, mas ele começou a parecer eterno e certamente muito astuto para ser morto facilmente por qualquer dragão rival. Há rumores de que ele tem contratado certos aventureiros, por meios mágicos, para recuperar os tesouros de dragões que ele matou, em vez de deixar seu domínio para capturá-los ele mesmo. Esta prática aparentemente prudente pode oferecer a um inimigo a chance de introduzir alguma armadilha mágica nociva (talvez explosiva) no tesouro levado para Arauthator – e certamente aventureiros traiçoeiros podem usar de um trabalho para o dragão para se aproximarem da Velha Morte Branca de uma forma que a maioria dos humanos sequer poderia sonhar, e então ataca-lo de surpresa.

 


 





A Magia de Arauthator

 

A Velha Morte Branca conhece uma lista respeitável de magias de detecção, aprisionamento e combate, com muitos deles sendo variantes de magias de mago bem conhecidos. Ele também desenvolveu meios sobrenaturais para acionar varinhas mágicas a distância, para que ele possa fazer uso delas contra possíveis intrusos em seu covil sem tocá-los diretamente. Deve-se enfatizar que o conhecimento que se tem sobre a magia de Arauthator é perigosamente incompleto. Graças a longas e diligentes observações de Felandaert, o Visionário do Forte da Vela, no entanto, agora temos detalhes de três habilidades mágicas do Dragão.

 

Arauthator usa uma habilidade que chamamos de vórtice gélido tanto em combate quanto como armadilha, deixando seu efeito congelado em alcovas tentadoras e passagens ocultas nas paredes de seu covil a espera de alguém que a ative. Ele usa derreter o gelo principalmente para cavar túneis através do gelo glacial em sua busca por tesouros, mas pelo menos uma vez usou esta habilidade para inundar bandos de orcs em túneis subterrâneos ao derreter uma geleira e impedir que a água exposta congelasse.) Arauthator usou sua habilidade de congelar as asas contra criaturas voadoras e outros dragões, em violentas batalhas aéreas de garras contra garras com outros dragões.

 

 





 

O Tesouro de Arauthator

 

A Velha Morte Branca possui incontáveis gemas preciosas, diamantes de todos os formatos e moedas das mais diversas épocas. No entanto, esses tesouros ficam espalhados em seus diversos covis. Uma estimativa razoável é que haja pelo menos 10 mil peças de ouro em gemas e moedas em um refúgio qualquer deste poderoso dragão. Da mesma forma, é bem provável que ao menos uma meia dúzia de grimórios de magia se encontrem em qualquer lar da Velha Morte Branca, além de livros variados sobre história e magia e alguns itens mágicos. Em seu lar principal, em Presolitária, já fez parte de seu tesouro ao menos um artefato mágico e os destroços de um navio aéreo espacial de origem gnômica.  Além disso, em todos os seus lares Arauthator esconde varinhas mágicas que possam ser usadas como armas.

 






 

 

Arauthator, A Velha Morte Branca

Dragão Colossal, Caótico e Mau

 

Classe de Armadura: 20

Pontos de Vida: 333 (18d20+144)

Deslocamento: 12m, escavação 12m, voo 12m, natação 12m

 

Força 26 (+8), Destreza 10 (+0), Constituição 26 (+8)

Inteligência 16 (+3), Sabedoria 13 (+1), Carisma 15 (+2)

 

Salvaguardas: Des +7, Con +15, Int +10, Sab +8, Car +9

Perícias: Furtividade +7, Percepção +15, Arcanismo +10, Intuição +9, Sobrevivência +9

Imunidade a Dano: gélido

Sentidos: percepção às cegas 18 m, visão no escuro 36 m, Percepção passiva 23

Idiomas: comum, dracônico, gigante, gnomo.

Nível de Desafio: 21 (33.000 XP)

 

 

Andar no Gelo. Arauthator pode se mover através de superfícies de gelo e escalá-las sem precisar fazer um teste de atributo. Além disso, terreno difícil feito de gelo ou neve não lhe custa movimento adicional.

 

Resistência Lendária (3/Dia). Arauthator escolhe se quer ser bem-sucedido em uma salvaguarda que tenha falhado.

 

Conjuração Inata. Inteligência é o atributo de conjuração de Arauthator (CD 18 para evitar magia, +20 para acertar). Ele pode conjurar inatamente as magias a seguir, sem precisar de componentes materiais.

 

À vontade: lufada de vento, nevasca, detectar magia, detectar veneno e doença, detectar pensamentos.

3/dia cada: muralha de gelo, invisibilidade, identificar, bola de fogo, respirar na água, clarividência.

 

 

Ações

 

Ataques Múltiplos. O dragão pode usar a Presença Aterradora ou Vórtice Gélido. Ele, então, faz três ataques: um com a mordida e dois com as garras. Ele pode substituir qualquer um destes ataques pelo uso de Derreter o Gelo ou Congelar Asas.

 

Cauda. Arma de Combate Corpo a Corpo: +15 para acertar, alcance 6 m, um alvo. Dano: 17 (2d8 + 8) contundente.

 

Garras. Arma de Combate Corpo a Corpo: +15 para acertar, alcance 3 m, um alvo. Dano: 15 (2d6 + 8) cortante.

 

Mordida. Arma de Combate Corpo a Corpo: +15 para acertar, alcance 4,5 m, um alvo. Dano: 19 (2d10 + 8) perfurante mais 9 (2d8) gélido.

 

Presença Aterradora. Cada criatura, à escolha de Arauthator, que esteja a até 36 metros e ciente dele, deve ser bem-sucedida em uma salvaguarda de Sabedoria CD 17 ou fica amedrontada por 1 minuto. Uma criatura pode repetir a salvaguarda no final dos próprios turnos, encerrando o efeito sobre si em caso de sucesso. Caso seja bem-sucedida na salvaguarda ou quando o efeito se encerrar para ela, a criatura fica imune à Presença Aterradora de Arauthator pelas próximas 24 horas.

 

Acionar Varinha Mágica. Com uma ação, Arauthator, pode ativar qualquer varinha mágica que esteja a até 72 metros dele, que não esteja na posse de ninguém e da qual ele esteja ciente.

 

Sopro Congelante (Recarga 5-6). Arauthator exala uma rajada de gelo em um cone de 27 metros. Cada criatura na área deve fazer uma salvaguarda de Constituição CD 23, sofrendo 72 (16d8) pontos de dano gélido se falhar, ou metade do dano em caso de sucesso.

 

Vórtice gélido (Recarga 4-6).  Arauthator cria magicamente uma quase invisível estilha de gelo que flutua no ar (Sabedoria (Percepção) CD 25 para encontrar) a uma distância de até 30 metros dele. Quando uma criatura que não Arauthator se aproxima a 1,5 metros da estilha, ela é ativada, girando rapidamente e congelando o ar e tudo que está a até 6 metros dela. Criaturas e objetos na área devem fazer uma salvaguarda de Constituição CD 23, sofrendo 25 (10d4) pontos de dano gélido se falhar, ou metade do dano em caso de sucesso. Criaturas que falhem na salvaguarda de Constituição devem fazer uma nova salvaguarda no começo de cada um de seus turnos, ou ficam com seu deslocamento reduzido pela metade. Após ser bem-sucedida na salvaguarda, a criatura volta a ter o seu deslocamento normal, não podendo ser ele mais reduzido por este ataque de Arauthator pelas próximas 24 horas.

 

Uma estilha de gelo só é destruída quando ativada.

 

Derreter o gelo. Arauthator provoca magicamente a vaporização de um cubo de gelo de 3 metros de lado, que pode abalar estruturas e paredes de gelo. Nenhum gelo irá se formar no local pelas próximas 24 horas.

 

Congelar as asas. Arauthator escolhe uma criatura que esteja a até 36 metros dele, que deve ser bem-sucedida em uma salvaguarda de Força CD 18 ou sofre 18 (4d8) de dano gélido e suas asas congelam. A criatura sofre metade do dano em caso de sucesso e não tem suas asas congeladas. Uma criatura com as asas congeladas não pode fazer qualquer ataque com asas e é incapaz de voar. Caso a criatura esteja voando, ela cairá e sofrerá o dano normal por queda. No começo de cada turno, ela poderá fazer uma nova salvaguarda de Força CD 18 para encerrar o efeito de congelamento das asas.

 

 

 

Ações Lendárias

 

Arauthator pode executar 3 ações lendárias, escolhendo entre as opções abaixo. Apenas uma opção de ação lendária pode ser usada por vez, e apenas no final do turno de outra criatura. Arauthator recupera as ações lendárias gastas no começo do turno dele.

 

Detectar. Arauthator faz um teste de Sabedoria (Percepção).

 

Ataque de Cauda. Arauthator faz um ataque com a cauda.

 

Ataque de Asa (Custa 2 Ações). Arauthator bate as asas. Cada criatura a até 4,5 metros do dragão deve ser bem-sucedida em uma salvaguarda de Destreza CD 22 ou sofre 15 (2d6 + 8) pontos de dano contundente e fica caída. O dragão pode, então, voar por até metade do seu deslocamento de voo.

 

Habilidade Mágica Menor (Custa 2 Ações). Arauthator conjura uma de suas magias com custo de uso À Vontade.

 

Acionar Varinha Mágica (Custa 2 Ações). Arauthator usa sua habilidade Acionar Varinha Mágica.

 

Vórtice de Gelo (Custa 3 ações). Arauthator faz um ataque Vórtice de Gelo.

 

 

   

(Nota do Tradutor: Arauthator está presente na aventura The Rise of Tiamat, da 5E de DnD. Sua ficha nesta aventura é uma ficha simples de um dragão branco adulto. Caso for usar essa aventura em sua mesa, talvez você deseje incrementar A Velha Morte Branca com a ficha apresentada neste artigo.)









FINALIZANDO A TRADUÇÃO



Mais que uma simples tradução, como se pode ver, essa coluna foi adaptada, trazendo uma ficha para este dragão inspirada nos textos e história originais da criatura, e não simplesmente deixar sem a ficha (que a coluna original trazia) ou trazer a ficha oficial da 5E, da aventura The Rise of Tiamat que certamente não faz justiça a Velha Morte Branca..


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